A Escola Estadual de Educação Profissional Francisco Paiva Tavares está situada no sertão central do município de Caridade-CE, ocupa uma área de 12.100 metros quadrados. O terreno para a construção da escola foi adquiro pela prefeitura municipal de Caridade, através do então prefeito Francisco Júnior Lopes Tavares e doado para este fim, conforme escritura pública de doação de 05 de janeiro de 2012.
Foi denominada pelo então governador do Estado do Ceará, Cid Ferreira Gomes, através da Lei nº 15.412, de 12 de setembro de 2013, com publicação no Diário Oficial do Estado em 19 de setembro de 2013. O ato de criação foi estabelecido através do Decreto no 32.094, de 24 de novembro de 2016, pelo governador Camilo Sobreira de Santana. A implantação da escola no município se deu pela necessidade de oferecer aos jovens a oportunidade do curso técnico, fazendo-os atuarem como protagonistas nos projetos de vida e mundo do trabalho. Atualmente, são atendidos estudantes de Caridade, Paramoti e Canindé.
Francisco Paiva Tavares, que dá nome a escola, nasceu em 12 de agosto de 1922, na cidade de Caridade-CE, é filho de Arcelino Lopes Tavares e Miguelina Pinto Tavares. Foi agropecuarista na fazenda Carnaubinha. Eleito Vereador na cidade de Canindé por dois mandatos, sendo o primeiro no período de 25 de março de 1955 a 25 de março de 1959 e o segundo de 25 de março de 1959 a 25 de março de 1963. Foi também o segundo Prefeito eleito da cidade de Caridade, por dois mandatos, sendo o primeiro no período de 25 de Março de 1963 a 25 de Março de 1967 e o segundo de 1971 a 1972 e eleito Vice – Prefeito de Caridade no período de 1983 a 1988. Casado com Francisca Lopes Tavares (Dona Eli) e pai de oito (08) filhos.
O carismático e saudoso ex-prefeito de Caridade, Chico Tavares, foi exemplo dignificante de homem público, honesto, ainda hoje considerado o Pai da Pobreza pelos munícipes que o conheceram.
Antes, quando Caridade era um simples distrito de Canindé, ele fora eleito vereador, com expressiva votação e nessa condição de representante do então distrito, ao lado de outros líderes da época lutou e venceu na incessante busca pela emancipação do hoje município de Caridade. Era muito amigo do poeta Raimundo Marreiro, com quem mantinha negócios comerciais. Fomentava emprego e renda para os humildes artesãos do couro naquela ribeira. Comprava arreios, somo selas, rédeas, loros, cilhas, peitoral, chapéu e roupa de couro que esses artistas confeccionavam e revendiam para a Casa Marreiro, num intercâmbio não muito lucrativo para ele, Chico Tavares, o qual objetivava apenas gerar emprego para os seus hábeis vizinhos coureiros.
Faleceu em 03 de setembro de 1992, deixando um legado de integridade e saudosismo para toda a família e aqueles que o conheceram.